Sondas espaciais Voyager 1 e 2
Eu ainda mal sabia falar e andar, a NASA lançou duas sondas espaciais que nos deram tantas informações e conhecimento sobre o nosso Sistema Solar. A história destas duas sondas, assim como todas as informações atuais que delas são recebidas, pode ser encontrada na página Voyager (nasa.gov).
Sendo um projeto tão importante, e pelo qual tenho um grande carinho, realizei mais um projeto pessoal, no âmbito da impressão 3D, que foi imprimir uma réplica destas duas sondas.
Este foi o meu projeto totalmente realizado por mim, desde a impressão até à pintura do modelo, o que foi um grande avanço para mim!
Abaixo poderão ver um pequeno vídeo com parte da construção do meu modelo e, no final, poderão encontrar um resumo do projeto Voyager. Espero que gostem....
A Nasa, a agência espacial norte-americana, no final da década de 70 do século XX, lançou duas sondas espaciais: a Voyager 1 e a Voyager 2.
A Voyager 1 foi lançada para o espaço no dia 5 de setembro de 1977 com o objetivo de para estudar os planetas Júpiter e Saturno prosseguindo posteriormente para o espaço interestelar. No dia 20 de março de 2022, atingiu o tempo de serviço de 44 anos, 6 meses e 15 dias em operação, recebendo comandos de rotina e transmitindo dados de forma contínua para a Terra. A sonda foi a primeira a entrar no espaço interestelar, informação oficialmente confirmada pela NASA no dia 12 de setembro de 2013.
Inserida no programa Voyager, que previa o desenvolvimento de duas sondas de exploração interplanetária (Voyager 1 e 2), ela tinha como objetivo a realização de um "Grand Tour" espacial, aproveitando o posicionamento favorável dos gigantes gasosos do Sistema Solar. Originalmente, o Grand Tour foi desenhado para permitir visitas a apenas Júpiter e Saturno. Porém, a sonda Voyager 2 teve sua missão estendida e visitou Urano e Netuno. A missão inicial e primária da Voyager 1 encerrou-se em 20 de novembro de 1980 após seu encontro com o sistema joviano em 1979 e o sistema saturniano em 1980.
Já a Voyager 2, a sonda irmã da Voyager 1, foi a 20 de agosto de 1977. Como previsto, passou próximo dos quatro planetas gigantes do Sistema Solar (Júpiter, Saturno, Úrano e Neptuno), produzindo valiosíssimos resultados científicos e as melhores fotografias daqueles corpos e dos seus satélites obtidas até então. Tornou-se o quarto artefacto humano a ultrapassar a órbita de Plutão em 1989, e em 2005 encontrava-se a uma distância de cerca de 75 UAs da Terra.
Estas sondas utilizaram uma técnica de auxílio a navegação que utiliza a atração gravítica dos planetas aos quais se aproxima. Esta técnica permite às sondas receberem uma aceleração e uma alteração de direção por forma a serem colocadas numa nova direção que as leve a um novo destino. Desta forma, as sondas podem ser construídas de forma mais leve (não necessitam de tanto combustível para aceleração e mudanças de direção), mas implica uma grande precisão nas aproximações aos planetas a visitar.
A sonda Voyager 2 aproximou-se de Júpiter em 9 de julho de 1979, a uma distância de 570 000 quilómetros. Ela descobriu alguns anéis ao redor de Júpiter, assim como a atividade vulcânica na lua Io. Descobriu novos satélites de pequeno porte, Adrastea e Metis, Tebe, foi descoberto entre as órbitas de Amalteia e Io.
A sonda em seguida visitou Saturno, em 25 de janeiro de 1981, a uma distância de 101 000 quilómetros da superfície do planeta. Em seguida, visitou Úrano, em 24 de janeiro de 1986. Uma das novidades foi a descoberta de 11 satélites naturais (Cordélia, Ofélia, Bianca, Cressida, Desdemona, Juliet, Portia, Rosalinda, Belinda, Perdita e Puck) e de um anel ao redor de Úrano. Também descobriu-se que o Polo Sul de Úrano estava apontado diretamente para o sol.
Depois de visitar Úrano, a sonda dirigiu-se em direção a Neptuno, até que chegou lá em agosto em 1989, também chegando a pesquisar seu satélite natural Tritão.
Após a passagem pela órbita de Plutão, a Voyager 2 iniciou a sua saída do Sistema Solar.
A sonda tem, anexado a sua parte externa, um disco fonográfico feito de ouro intitulado "Sounds of the Earth" (Sons da Terra), com 1h30min de música e alguns sons da natureza do planeta Terra. O disco traz instruções de uso e a frase "For makers of music of all worlds and all times" ("Para os produtores de música de todos os mundos e todos os tempos"). O objetivo deste disco é levar dados da Terra para uma possível civilização exterior.
Em maio de 2010, a sonda alcançou a distância de 92 UA do Sol, a uma velocidade de 3,3 UA por ano (15,4 km/s), localizando-se na constelação de Telescópio. Prevê-se que, depois de 2030, a sonda perderá contato com a Terra.
Em 2020 a Voyager 2 encontra-se no espaço inter-estelar, a mais de 13,5 mil milhões de quilómetros da Terra (Plutão fica a uma distância média de cerca de 6 mil milhões de quilómetros do Sol). Em novembro de 2020, a NASA recuperou as comunicações com a sonda, após melhorias feitas à antena Deep Space Station 43 na Austrália, que é a única que tem capacidade para comunicar com a nave. As comunicações ficaram suspensas desde que a antena deu início a trabalhos de reparação e melhoramentos em Março de 2020.[4]
A Voyager 2, a mais de 18,7 bilhões de quilômetros de distância da Terra e ficando cada vez mais longe, no entanto, foi capaz de receber qualquer comunicação da Terra. A Voyager 2 retornou após 17 horas e 24 min um sinal confirmando que havia recebido as instruções e executou os comandos sem emitir em 30 de outubro de 2020.
Fonte: Voyager (nasa.gov)